Blog idealizado por mim, Vivian Marcondes, que sempre digo que "em primeiro lugar, sou mãe". Sou e fui muitas coisas nesses meus 32 anos de vida. Mas, há apenas 2 anos, é que descobri aquilo que eu realmente amo, que é a minha cara, minha missão e minha identidade: a maternidade. Daí veio o nome, que primeiro batizou meu blog pessoal, e em seguida também denominou meu grupo no Facebook, mais tarde tendo a Simone Galani como braço meu direito, na moderação.
De início, um grupo sem qualquer pretensão, só para fugir do que eu estava acostumada e não gostava. E sem fazer alarde, se formou uma simpática turma de mães de mente aberta e muita experiência para compartilhar. E a cada publicação, e cada pedacinho de história de vida contada, esse blog aqui ia tomando forma na minha cabeça.
Veio a ideia do blog extensão do grupo, e era inevitável que o título se repetisse! Luanda Mangeni, que se mostrou mais do que empolgada: maravilhada com essa ideia, é meu braço esquerdo, e assina muitos dos textos publicados aqui.
E aqui vamos nós: com muitas Identidades incríveis para revelar, sem regras indiscutíveis, fugindo sempre que possível dos clichês. Aqui são mães de verdade! Dedicadas, amorosas, apaixonadas, mas nunca perfeitas.
Curtam!

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Identidade: Mãe Mônica Nuspl


Não sou uma mãe perfeita, porque sou muito perfeccionista e preciso entender que ele com 1 aninho não vai fazer tudo que eu quero do jeito que eu quero.

Oi gente, bora conhecer minha história!!!

Sempre tive um grande desejo de ser mãe e.........ops, não, pera...não tive não!
Estranho dizer isso, nunca tive a maternidade muito aflorada dentro de mim, mas não porque não gostava de crianças (apesar de ter medo delas até hoje rs!) ou por não achar que seria capaz, mas sim porque do alto - e da largura! - dos meus 125 kgs aos 20 anos (e com todas as dietas do mundo fracassadas!) eu tinha certeza que eu jamais encontraria alguém que me visse como mulher e que me levasse ao altar, muito menos quisesse ter filhos comigo!
Isso também se deve, provavelmente, à convivência com minha mãe que teve uma vida muito confusa, de muitas privações por conta das doenças graves dos meus avós e com isso, era uma pessoa alegre e disposta por fora, porém, triste e frustrada por dentro, que acabou se casando e tendo filhos sem fazer disso sua grande paixão...ela se foi há 15 anos, vítima de um câncer de mama que acabou com ela, mas mesmo antes da doença grave, lembro sempre de vê-la muito triste, e sem muita vontade de viver, sempre reclamando que casar e ter filhos foi o grande erro da vida dela...nunca tive muito apoio também com relação á essa obesidade que começou na pré-adolescência e se arrastou até a vida adulta, me trazendo muitas mágoas e sinceramente, vontade nenhuma de viver, pois só o que eu via eram amigas indo ás compras, estudando, se formando, viajando com os amigos para a praia, namorando, e eu, dentro de casa. Sempre.
Sofri muito preconceito, humilhações...pensei várias vezes em atentar contra a minha própria vida, mas felizmente nunca tive coragem pra chegar às vias de fato.

Não digo que fui uma criança ou adolescente chata, pelo contrário, tive uma infância excelente, brinquei muito na rua, era hiper moleca, vivia arrebentada por subir em árvore, correr na rua e subir em muro e na adolescência, minha casa era ponto de encontro da galera, eu era aquela “amiga gordinha super legal e confidente”, mas pra namorar, eu não servia!...então, como pensar em ter filhos?? Isso não era pra mim!

Foi aí que conheci meu ex-namorado através daqueles chats via telefone e quando nos conhecemos pessoalmente, ele até que foi bem bacana, não se importou muito com minha forma tipo “Dona Redonda” rsrsrsrs, mas esse encanto não durou muito, pois 5 meses depois ele me traiu e mal teve vergonha na cara pra terminar comigo decentemente... Enfim, como se diz por aí: “Há males que vem para o bem”.
Uma semana depois, entrei num chat virtual no computador, nem sei pra quê afinal tinha acabado de levar um pé na bunda bem sem-vergonha, mas esses chats eram o único lugar que eu podia brincar de ser “bonita” e conversar sem ser julgada pela aparência...e foi nesse chat que conheci um rapaz chamado Eduardo, que me disse uma frase que eu adorava na época e até hoje: “O verdadeiro homem não é o que conquista várias mulheres, mas sim, o que conquista a mesma mulher várias vezes.” OK!!! Gamei logo de cara...e tive que ser sincera, falei que era um “pouco maior” do que a maioria das moças que provavelmente ele já tinha saído e mesmo assim ele me deu o número do telefone dele (fui saber depois que ele sempre dava números falsos, só pra mim deu o verdadeiro!!!). Liguei, fiquei com medo, não fui ao 1º encontro marcado, depois ele me desculpou, entendeu, marcamos de novo e nos encontramos e foi como se voltássemos de alguma vida passada, éramos com certeza ALMAS GÊMEAS!...o casal da música de Renato Russo, sem dúvidas!!!
Começamos a namorar, ele me apresentou à família sem o menor medo de ser feliz e sim, fui julgada por eles só pelo olhar de reprovação, mas eu estava tão feliz que nem liguei!... E foi com esse homem, que foi meu namorado, noivo, hoje marido, que a vontade de ser mãe me assustava, mas ficava cada vez mais forte dentro de mim!
Decidi fazer uma redução de estômago com apoio grande del,e por saber que isso me faria feliz, mas o danado disse que ia ficar triste porque gostava das gordurinhas. Oi??!! Era muuuuita gordurinha pra uma pessoa só!!!!!!!

Fiz a cirurgia, emagreci mais de 60 kgs e obviamente virei um mar de pelancas (juro, era pele e flacidez que não acabava mais!) precisei de muitas plásticas pra ter um corpo relativamente normal – e cheio de cicatrizes – mas que enfim me trouxeram mais saúde, vontade de viver e a felicidade de poder comprar roupas normais e andar um quarteirão que seja sem, achar que estava morrendo afogada no Mar Morto!
E o Edu lá, firme e forte, guerreiro!... Nos casamos, eu no meu maravilhoso vestido “P” e BRANCO (kkkkkkk!) e após 5 anos começamos a pensar que estava mais do que na hora de providenciarmos o herdeiro(a), e aí veio aquela chatice necessária de exames e a gravidez que não vinha. Exames de farmácia sempre negativos e descartados com certa raiva (sim, sou leonina estressada!)
Até que desencanamos e nos demos conta de que já que estava tudo certo conosco, na hora certa o bebê viria. E VEIO!
Eu, com muito sono e uma fome incontrolável resolvi fazer o teste sem ele saber...fui para o banheiro, enfiei o bastãozinho no tal potinho de xixi e logo apareceram as duas listrinhas vermelhas. E ainda bem que o vaso sanitário estava ali, pra me apoiar senão teria caído no chão, certamente!!!
Fui até a sala, marido jogando video game. Falei: “Amor, acho que amanhã você vai ter que me levar a um laboratório...vou precisar fazer um exame de sangue!”...e ele: “Porque, tá doente?!”...respondi: “Não, não...é só pra confirmar aquele exame positivo de gravidez que tá lá no banheiro!!!”
PLOFT!!!!....achei que ele ia explodir de tanta felicidade, porque ele sim, sempre teve loucura pra ser pai...e que pai maravilhoso ele é!!!
Eis que 38 semanas depois, Gabriel cresce demais na minha barriga, fica sem líquido, sem espaço e eu sem dilatação nenhuma, fizemos uma cesárea bem tranquila, marcadinha e adivinhem: esse anjo Deus me mandou como presente de aniversário, dia 02/08/12 às 07:30hrs (engraçado que ele continua acordando as 07:30h até hoje!)
Detalhe: leonino do mesmo dia da mãe, lindo, danado, genioso e divertido igualzinho (e sem a menor modéstia)!!!

Os primeiros momentos com ele em casa foram tensos, eu morria de medo, afinal nunca tinha me preparado pra isso e cheguei a pensar que não conseguiria, mas o tempo e o instinto maternal realmente nos surpreendem!
Consegui amamentar meu pequeno somente por 30 dias, depois disso tentei de tudo, bombinha, consultora de banco de leite (péssima, aliás!), mas nada dele querer sugar, quando pegava, dormia logo e nisso, foi perdendo peso...e eu chorava mais do que uma condenada a cadeira elétrica!...enfim, me rendi ao leite artificial e me animei vendo que foi a decisão certa na hora certa, quando vi meu anjinho dormindo feliz e de barriguinha cheia e retomando o peso e o desenvolvimento dia a dia...mas confesso que é uma frustração e uma tristeza que vou levar comigo para o resto da vida.
Após os 5 meses de licença maternidade, decidi junto com o marido que não valia a pena voltar a trabalhar, ganhava pouco e seria só o suficiente pra pagar uma escolinha e também achava meu Gabriel muito pequeno ainda pra isso. E foi aí que realmente me joguei na minha nova profissão, na fotografia. Já tinha o equipamento, o curso mas, ainda não tinha tido a coragem, que a idéia de ficar com meu gatinho mais tempo me deu.

Com 8 meses, colocamos o Gabriel numa escolinha pequena, por ½ período também pelo fato de não termos família aqui em Sorocaba, ele não tinha muito contato com pessoas além do pai e de mim, apesar de visitar alguns amigos às vezes, parece que não era suficiente; ele não tinha contato nenhum com crianças e ficava meio entediado comigo o dia todo em casa, ou mesmo quando saíamos...enfim, a escolinha é excelente, a adaptação dele não poderia ser melhor (ama as tias, se joga no colo delas!) e eu tenho as tardes livres pra cuidar da casa, de mim, e dessa nova carreira que graças a Deus, está decolando e me fazendo cada dia mais feliz, pois finalmente trabalho com o que gosto, saí dessa rotina louca de empresa, horários, e toda a chatice que isso envolve...e ainda fico a manhã toda com meu galã, rindo muito, brincando, correndo atrás dele pra evitar que arranque o olho e o rabo do cachorro, derrube a TV em cima dele ou que coma as plantas da garagem!!!

Como mãe, descobri um amor maior do que tudo que eu já havia imaginado nessa vida e quando acordo, não penso mais só em mim, penso em VIVER e ser uma pessoa melhor, mais ativa, saudável para poder cuidar desse anjo que me foi confiado por Deus, da melhor maneira possível (e impossível também)!!!



Com que idade se tornou mãe?

33 anos (na hora certa!!!)


Quantos filhos, e quais idades?
01 filho, Gabriel com 1 ano e 1 mês

Como você era antes, e como ficou com a chegada da maternidade?
Eu era uma pessoa alegre por fora, porém deprimida por dentro, só pensava em mim, em emagrecer e ser aceita pela “sociedade",  não tinha muita perspectiva de vida; hoje em dia vivo um dia de cada vez, cuidando muito do meu filho, do meu marido (saindo com louvor de crises!) estudando e me entregando de corpo e alma à maternidade e à minha nova carreira na fotografia.

Um momento inesquecível com seu filhote:

Um dia eu estava na pia, cortando legumes para fazer a papinha dele, e ele sentado no carrinho, atrás de mim, brincando e falando aquele “bebenês” que só eles entendem, quando de repente me sai um “MMMAAAAMÃÃÃÃEEE”!!!!!!!
Quase cortei a mão fora de susto e chorei de felicidade apertando aquele meu neném fofo, ao mesmo tempo que pensava: “Meu Deus, isso está mesmo acontecendo comigo...tenho um filho que me chamou de MAMÃE??!”


Do que você teve que abrir mão, com a chegada da maternidade, e como encarou isso?

Eu estava no auge do corpão, tinha emagrecido, feito plásticas, usando jeans 42 e vestidos curtos, indo à baladas, emagrecido os últimos 5 kgs antes de engravidar...quando o Gabi nasceu, óbvio que tudo isso ficou pra trás e confesso que sinto falta sim, pois tive isso por pouco tempo, mas a felicidade de ver meu filhotinho rindo pra mim todo dia quando acordo e a saudade dele durante a tarde, as gargalhadas e o beijo de boa noite antes de dormir, compensam qualquer coisa!
Mas, ainda estou correndo atrás do prejuízo e das minhas calças 42!!!


O maior susto, na sua vida de mãe:
Quando ele tinha apenas 1 mês, meu marido foi tentar cortar as unhas dele com ele acordado e claro, sem querer, acabou cortando a pele do dedinho dele. Vendo aquele sangue naquele dedinho tão pequeno e ele berrando, juro que achei que ia desmaiar mas mesmo assustada, consegui fazer o curativo e acalmá-lo, mas fiquei traumatizada!

Você trabalha? Qual a sua profissão?
Sim, sou autônoma e trabalho como fotógrafa.

Quando você se cuida e curte o(a) parceiro(a)?

Tento me cuidar diariamente, passo meus cremes, faço minhas unhas, vou ao salão, luzes no cabelo sempre...é mais tranquilo por conta do Gabi passar á tarde toda na escolinha.
O Eduardo e eu sempre fomos muito namoradinhos, mesmo depois do casamento, sempre estamos de chamego e namorar nunca foi um problema (exceto pelo sono e cansaço dos primeiros meses) porque o Gabriel dorme a noite toda, das 22h as 7:30h, salvo raras vezes que não dormiu, geralmente quando está doentinho ou muito agitado!


Já fez alguma viagem com o(s) pequeno(s)? Pra onde? Como foi?

Vamos sempre pra Jaguariúna e São Paulo, por conta dos parentes e padrinhos, mas somente finais de semana e é sempre muito bom, ele brinca muito, é super mimado e dorme bem em qualquer lugar. 
A viagem mais longa será no final do ano, serão 7 dias num resort, e creio que será tranquila, com muita tralha e malas, mas sossegada!


Tem bichos em casa? Qual o contato da(s) criança(s) com ele(s)?

Tenho 02 cães e o contato com eles é direto, desde que nasceu!...o Chico (meu vira-lata grandão) ama o Gabriel mas o Toby (meu pequeno cão-gente!) já morre de ciúmes e não dá muita corda pra ele não; vive fugindo dele!


Quem é responsável pelos cuidados diários?
Eu de manhã, as tias da escolinha à tarde e o pai à noite!!!


Quais os programas preferidos de mamãe com a(s) cria(s)?

Adoramos fazer longas caminhadas pelo bairro e ir ao Parque das Águas, pertinho de casa!
Também amamos ir visitar os amigos e os padrinhos, mas especialmente na casa da tia Val, onde Gabriel brinca muito com suas três namora...ops, amiguinhas, Isa (10 anos), Sophia e Lavínia (11 meses)!!!



Seu(s) filho(s) já frenquenta(m) escolinha? Qual a sua participação nessa rotina?

Sim, desde os 8 meses, fica ½ período.
Minha supervisão é constante e diária, me preocupo com a alimentação dele, higiene, brincadeiras e educação durante o período que fica lá e também em como ele volta, se bem ou mau humorado (sempre bem humorado!!!)



Não sou uma mãe perfeita porque...
...não creio ainda que tenho o dom da maternidade, sou muito estressada, organizada, perfeccionista e preciso me policiar e tentar ser mais paciente, entender que ele com 1 aninho não vai fazer tudo que eu quero do jeito que eu quero. E apertá-lo menos também, já já isso vai ser o maior “mico” pra ele!!!!


E por fim, o que é ser mãe pra você, além de "Padecer no Paraíso"? Qual o segredo para ser uma boa mãe?

Ser mãe pra mim é padecer no sono, isso sim!!!...brincadeira!
É descobrir que sou capaz de coisas que eu nem imaginava, dia a dia, é me emocionar com um sorriso, um abraço, um carinho, uma descoberta do pequeno...e me pegar chorando de saudade durante a tarde, sentindo o cheirinho dele na minha roupa, e me sentindo abençoada por ter meu anjo e companheiro todos os dias me fazendo redescobrir o sentido da palavra AMOR!!!

8 comentários:

  1. Parabéns por uma história tão linda! Que continue assim sempre! Beijos

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  2. Linda história Monica... que Deus abençoe muito vcs!! Bjus!

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  3. Mônica adorei a sua história linda, emocionante e engraçada. Parabéns, desejo que você seja cada dia mais feliz e realizada. Bjoooo

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  4. ADOREI te conhecer melhor Monica!!! Nunca imaginei que um dia você tivesse sido gordinha..rsrs... Linda história.. Parabéns pelo Gabi e por todas as conquistas!! Bjs

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    1. Hahahahahahah obrigada Soraia!!!!!
      "Gordinha" foi bondade sua, eu era beeeem grande rsrsrsrs
      Bjs

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