Blog idealizado por mim, Vivian Marcondes, que sempre digo que "em primeiro lugar, sou mãe". Sou e fui muitas coisas nesses meus 32 anos de vida. Mas, há apenas 2 anos, é que descobri aquilo que eu realmente amo, que é a minha cara, minha missão e minha identidade: a maternidade. Daí veio o nome, que primeiro batizou meu blog pessoal, e em seguida também denominou meu grupo no Facebook, mais tarde tendo a Simone Galani como braço meu direito, na moderação.
De início, um grupo sem qualquer pretensão, só para fugir do que eu estava acostumada e não gostava. E sem fazer alarde, se formou uma simpática turma de mães de mente aberta e muita experiência para compartilhar. E a cada publicação, e cada pedacinho de história de vida contada, esse blog aqui ia tomando forma na minha cabeça.
Veio a ideia do blog extensão do grupo, e era inevitável que o título se repetisse! Luanda Mangeni, que se mostrou mais do que empolgada: maravilhada com essa ideia, é meu braço esquerdo, e assina muitos dos textos publicados aqui.
E aqui vamos nós: com muitas Identidades incríveis para revelar, sem regras indiscutíveis, fugindo sempre que possível dos clichês. Aqui são mães de verdade! Dedicadas, amorosas, apaixonadas, mas nunca perfeitas.
Curtam!

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Identidade: Mãe Wanessa Scilla Di Domenico

Não sou uma mãe perfeita porque Tenho muita coisa para resolver e sempre pouco tempo. Tudo é feito correndo, mas sempre com muito amor.

Minha vontade de ser mãe sempre existiu....
Sou a primeira filha de duas, filha de mãe separada e guerreira. Sempre vi sua luta para nos sustentar, para nos educar. Somos unidas, três  mulheres que lutam incansavelmente pela felicidade, e que se ajudam e se apoiam.
Me casei a primeira vez com 26 anos, e logo começamos a tentar... E nada acontecia. Foram 5 anos de exames e tentativas frustradas, e essa dificuldade foi aguçando minha vontade. Estava louca para ser mãe.
Mal sabia eu como Deus realmente tem seus propósitos! Na Páscoa de 2004, minha mãe descobriu um câncer de mama, e ficou arrasada. Três dias depois descobri que estava gravidíssima. Com 1 dia de atraso eu estava com muito sono e a certeza que meu tão desejado filho estava no forninho ...
Foi uma gravidez tumultuada, minha mãe passando por todo o processo de tratamento e eu me dividindo entre Brasília (pra onde me mudei por conta do trabalho do marido) e São Paulo, para acompanhá-la, e me dividindo entre dois sentimentos muito antagônicos, a felicidade de estar gravida e a tristeza e medo pela minha mãe.
No final da gestação, João Pedro teve restrição de crescimento no útero, então seguramos até 36 semanas e partimos para a cesárea. Na hora do parto eu tive muito medo, sabia que ele talvez precisasse de UTI, e bingo, não estava com o pulmão maduro o suficiente. Foram 5 dias de muito sofrimento, emocional e físico. Eu, mesmo no pós cirúrgico  passava o dia todo ao lado dele. Não desgrudei até poder pegá-lo e amamentá-lo...  Até poder levá-lo para casa comigo.
Ele foi um bebê muito chorão, me dava desespero, de cansaço porque não dormia, e porque algo me dizia que tinha alguma coisa errada, apesar de todos os melhores pediatras de São Paulo falarem que estava tudo bem.... Meu coração não se aquietava...
Com 7 meses ele teve uma febre repentina e achei que ele estava com falta de ar. Levei a emergência do São Luiz e descobriram que tinha algo errado. O pulmão esquerdo estava  insuflado. Direto para UTI e começamos a fazer exames para descobrir o que estava acontecendo. Todos os meus receios começaram a me assombrar, mas permaneci muito forte ao lado dele. Descobrimos que ele tinha uma doença congênita que se chama enfisema lobar congênito. É uma doença rara e precisa ser operada com certa urgência, pois existe uma falha no brônquio. O ar entra mas não é expelido... O pulmão fica insuflado de CO2.
Sou uma pessoa muito prática e decidida, e já que precisava ser operado que fosse antes de alguma complicação mais seria, e essa doença pode ocasionar várias outras, inclusive problema cardíaco por sobrecarga. A cirurgia foi perfeita, sem nenhuma intercorrência. Ele já saiu do centro cirúrgico sem respirador e após uma semana voltamos para casa. Ai sim renascimento. Os choros pararam e ele voltou a se desenvolver normalmente. Sempre foi uma criança normal, e até hoje não sabe pelo que passou. Contarei na hora certa.
Em seguida meu casamento começou a desmoronar, e então descobri que estava grávida novamente. Minha primeira princesa, linda, grande e muito saudável.
Três meses após o nascimento dela, comecei  a me reestruturar profissionalmente para poder me separar. E assim aconteceu... Saí com a cara e a coragem, 2 filhos nos braços e deixei pra trás toda uma má fase. Lutei muito para reconstruir minha vida. E tudo foi dando muito certo.
Trilhando uma nova vida profissional e voltando a me sentir forte voltei a ter vontade de ter um companheiro. E Vinicius veio nessa fase, nos apaixonamos de imediato e juntos passamos a querer ter uma família ainda maior.
Mas ele sempre foi muito ciumento, então passei por muitos perrengues, chegamos a terminar por duas vezes, porque ele me sufocava com tanto amor. Mas separados também não funcionava.
Após a segunda separação, voltamos a nos encontrar e a Sofia veio nesse reencontro. Sofia é a cara do pai, e trouxe muita união para nossa família.
Tudo se encaixou, os irmãos a amam mais que tudo, o pai se transformou e ela agregou muito a nossa vida.

Minha vida é corrida, às vezes beira o caos, não sei como dou conta, mas sou muito feliz com tudo o que Deus me deu. Agradeço todas as dificuldades, agradeço todas as alegrias e principalmente agradeço meus filhos por terem me escolhido. Eu não seria nada sem eles!!!!

Com que idade se tornou mãe?   31 anos

Quantos filhos, e quais idades?  3 filhos, um menino de 9 anos, o João Pedro, uma menina de 6 anos, a Manuella e uma bebê de 1 ano e 3 meses, a Sofia.

Como você era antes, e como ficou com a chegada da maternidade?  Era bastante individualista e muito independente. Muito dona do meu tempo e da minha vida ,viajei muito, curti baladas, sim era muito baladeira, tinha muitos amigos.  Com a chegada do João Pedro me vi abrindo mão de tudo por ele. Hoje meus programas incluem meus filhos. Não existe vida sem eles.

Um momento inesquecível com seu(s) filhote(s): O  nascimento !!!!! Sempre, nos 3 partos. Ver aquela carinha enrugada que estava dentro da barriga por 9 meses olhar para mim a primeira vez tornou a maternidade muito real.

Do que você teve que abrir mão, com a chegada da maternidade, e como encarou isso? Tudo foi muito natural na minha vida, não me senti obrigada a fazer ou deixar de fazer nada. Fazemos tudo juntos!!!!!

O maior susto, na sua vida de mãe: Descobrir aos 7 meses que o João Pedro tinha uma doença congênita grave, o enfisema lobar congênito, e ter que entregá-lo nas mãos de cirurgiões para retirada de metade do pulmão esquerdo.

Você trabalha? Qual a sua profissão? Trabalho e muito. Sou cirurgiã dentista e trabalho como diretora  em uma clinica odontológica.

Quando você se cuida e curte o parceiro? Tenho uma rotina muito bem estruturada com as 3 crianças. Eles dormem cedo, os 3 e com isso tenho a noite livre para namorar, estudar, assistir um filme ou dormir. Tento me dividir em 4  Wanessas: Wanessa mãe, Wanessa profissional, Wanessa mulher e Wanessa esposa. Tenho me saído bem nas 4 funções. Não é nada fácil, mas tenho conseguido dar conta.

Já fez alguma viagem com o(s) pequeno(s)? Pra onde? Como foi? Fizemos algumas. Agora que tenho 3, temos viajado menos. Foram duas viagens nesses 15 meses, uma para Olimpia no parque de águas termais e outra para um hotel de esportes de aventura em Mairiporã. Confesso que está bem difícil me programar para sair com eles, mas assim que a Sofia crescer um pouquinho quero levá-los para Disney.

Tem bichos em casa? Qual o contato da(s) criança(s) com ele(s)? Temos a Illy, uma Lhasa Apso fofa e bagunceira. A cachorra é das crianças então o contato deles é total, brincam, passeiam, dividem biscoito... rs

Quem é responsável pelos cuidados diários? Me divido com a Zazá que é meu braço direito em casa,que busca a Sofia e a Manu na escola, dá comida e brinca enquanto não chego. Após as 19:00 eu e Vinicius assumimos a tropa, dou banho, jantar, mamadeira, lição de casa e coloco para dormir.

Quais os programas preferidos de mamãe com a(s) cria(s)? Parques !!!!!

Seu(s) filho(s) já frequenta(m) escolinha? Qual a sua participação nessa rotina? João Pedro já está no final do 3° ano. Manu esta indo para o 1°ano e a Sofia já frequenta o berçário. Minha participação na rotina escolar deles fica para a parte da manhã, onde arrumo eles e para entregar a perua, no caso do João e entregar as meninas na escola. E depois retornamos a rotina a noite, para fazer as lições de casa e estudar para as provas.

Não sou uma mãe perfeita porque... Tenho muita coisa para resolver e sempre pouco tempo. Tudo é feito correndo, mas sempre com muito amor.

E por fim, o que é ser mãe pra você, além de "Padecer no Paraíso"? Qual o segredo para ser uma boa mãe?  Não encaro a maternidade como “padecer no paraiso”, tenho muito mais alegrias do que problemas, tenho orgulho deles e de mim também. Batalhamos juntos para ter qualidade no tempo que ficamos juntos, somos companheiros, amigos.
O segredo para exercer a maternidade com serenidade é ter muito amor, mas também disciplina, muita conversa, e respeito aos filhos, às suas características e personalidade.
O fato de ter 3 crianças em casa me ensinou a respeitar o que cada um deles é, e o que eles podem oferecer a mim e ao mundo. Os  amo mais do que tudo, mas principalmente os respeito acima de qualquer outra coisa. E sou grata demais por ter sido escolhida para ser a mãe desse trio maravilhoso.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Identidade: Mãe Soraia Lisboa



"Não sou uma mãe perfeita, porque vivo em eterno processo de aprendizagem!"

Desde sempre soube que um dia seria mãe.. Ainda não sabia se iria adotar um filho ou tê-lo da minha própria barriga, mas sabia que ele em algum momento ele iria existir na minha vida.Esperei bastante tempo por esse momento.
Fui criada em uma família evangélica e rigorosa. Estudei em colégio interno, vivia cheia de regras e horários.
Tive uma infância feliz, com muitos amigos, muitas viagens, muita diversão, mas também muitas cobranças.
Sempre fui muito responsável,estudiosa e não dei trabalho para os meus pais. Quando chegou a época de prestar vestibular, com 16 anos, eu pensei: Preciso encontrar uma profissão que me permita trabalhar meio período porque quero ter tempo para o filho que um dia vou ter. Pensei em publicidade, mas isso roubaria tempo demais na minha vida. Aí surgiu a Pedagogia. Foi legal. Quatro anos de faculdade , formatura, festa e... joguei o diploma na gaveta por 10 longos anos. Tinha um emprego legal, gostava do ambiente onde estava e não pensava em mudar. Até que em 2001, no trabalho que eu estava, entrou um rapaz bonitinho, sério e que parecia bom moço.
Eu estava numa fase ruim. Tinha acabado uma amizade de mais de 20 anos com uma amiga que eu considerava irmã porque descobri que ela havia me traído com um carinha que eu saía na época, e estava namorando com ele. Eu gostava demais dos dois, mas a traição foi tão grande com muitas mentiras, me fizeram de besta mesmo. Achei que fosse morrer pois perdi os dois.Deprimi.. Emagreci 12 Kg. Não comia, só chorava.Tirei licença do trabalho.. Fiquei bem mal. E aí, nessa mistura de sentimentos ruins, de raiva, depressão, conheci o Jefferson.
Conversávamos pouco. Falaram pra ele que eu tinha uma banda. Ele, me vendo de cabelo vermelho e preto ( na época eu era meio doidinha , usava umas roupas modernas demais, cabelos diferentes, etc.. )pensava que eu era roqueira. Resolveu vir conversar comigo e descobriu que eu era “crente”, que a banda era “gospel”.. quase morre de decepção ... kkkkk
Por educação, me deu o e-mail dele e na época conversávamos no ICQ ( uiii , como sou velha, vou ter que colocar legenda..rs).. passávamos horas conversando até que ele me contou coisas particulares da vida dele e eu da minha.. viramos  amigos.. Amigos mesmo. Ele me contava tudo, era meu confidente e a gente as vezes dava uns beijinhos e nada mais... Até que um dia, depois de uns 3 anos com amizade colorida,muita diferença de opinião, tipo Eduardo e Mônica,  resolvemos assumir de vez o namoro.
Pra minha família foi meio que um choque. Ele não era nada evangélico, aliás, odiava música gospel ( ainda odeia..rs) , tinha outros pensamentos, tinha outros hábitos e entramos em conflito algumas vezes. Ele era solto no mundo, filho único de mãe solteira, rebelde, sumia no mundo, viajava sem mandar notícias, e eu, na época, com 25 anos e o cordão umbilical colado ainda.
Por conta das diferentes opiniões, nos separamos várias vezes. Algumas vezes ele não suportava mais, me achando a rainha da frescura, e outras vezes eu não o suportava mais, pensando que não queria pra mim essa vida de maluco que ele insistia em levar, meio sem regra demais pro meu gosto, cheia de viagens, bebidas, muito rock, trilhas e surf, amigos, etc....
Em 2007 terminamos nosso namoro. No final do ano. Quase no Natal. Surtei. Chorei horrores, mas superei. Afinal, podia ser a crise dos 7 anos e quem sabe haveria volta depois. Como ele nunca mais ligava, nem morávamos no mesmo bairro pra que eu encontrasse de vez em quando, resolvi que era o fim mesmo. Desisti de esperar.
Conheci outras pessoas e resolvi em 2008 assumir o namoro com outro cara. Estava feliz da vida com ele, era gente boa, se dava bem com todo mundo, etc.. mas eu sabia que ele era mulherengo, coisa que o Jeff não era. Sabia que eu não suportaria um chifre. Comecei a ver como ele se comportava com minhas amigas e também não gostava. Apesar de muito simpático, era muito falastrão, muito “dado” e não gosto de homens assim, prefiro os mais “reservados”, como o Jeff. Aí bateu a saudade. Mas como ter notícias dele? Eu que não ia ligar depois de ter levado um pé na bunda. Afinal, ele nem lembrava mais de mim. Achei um pretexto.Alguns anos atrás, tinha pintado um quadro pra ele e acabei guardando na minha casa. Resolvi ligar e perguntei se ele ainda ia querer o quadro, senão eu jogaria no lixo.. Papo vai, papo vem, descobri que ele estava namorando uma dentista e ele descobriu que eu também estava namorando. Acho que quase infartamos os dois. Ninguém dava o braço a torcer, e eu pensava: - Eu levei o pé na bunda, não posso ser mole e dizer que quero voltar. Ele acabou terminando com a tal dentista e eu também terminei meu namoro. Ele começou então a insistir pra voltar comigo. Fui bem ruim. Demorei pra aceitar o retorno. Coloquei regras, disse que só voltaria pra casar, etc..
Voltamos a namorar em 2008, no final do ano, com promessas de aliança , casamento, felicidades e sem brigas.
Começamos a procurar chácara pra alugar e para realizarmos nosso casamento. Eu, nesse tempo que ficamos longe, havia comprado um apartamento e estava pagando. Falei pra ele que já tínhamos aonde morar. E assim foi...  Mentira... agora é que começa a história. Nem tudo é tão simples assim..
Ele resolveu cursar uma faculdade que ele ainda não tinha tido a oportunidade de fazer e resolveu fazer engenharia. Cinco anos de faculdade. Eu, professora continuava ganhando pouco e aí, uma bomba: Ele ficou sem emprego.
Correu atrás de FIES, conseguiu garantir a faculdade, mas e nosso casório? Quem pagaria? E minha aliança?
Resolvemos adiar tudo.
Em 2010, fiz alguns exames e constatei que estava com muitos problemas no útero, ovário e uma baixa hormonal estranha, era como se eu tivesse hormônios de uma mulher de 70 anos. Achei aquilo estranho. O médico me explicou tudo e perguntou se eu queria engravidar, se eu pensava em ser mãe.
Disse que era a coisa que mais queria na vida, e ele sugeriu que eu antecipasse o processo. Já estava com 35 anos e a coisa complicaria dali pra frente.
Mas, como ser mãe com namorado sem emprego? Como ser mãe sem casar no papel? Como engravidar no meio de uma família mega religiosa que eu sabia que seria uma vergonha pro meu pai? Como virar mamãe se eu ainda era a filhinha? Afinal, eu tinha o apartamento, mas não tinha grana pra colocar piso e azulejo, comprar mobílias e nada.. continuava morando com meus pais.
Saí do consultório passada.. Chorei a tarde toda, mal conseguia dar aula. Outras professoras me ajudaram.
Nos meses seguintes, eu surtei literalmente.
Chamei o Jeff de canto e disse que queria um filho. Ele riu. Disse que ele também queria ser pai, que ele sempre sonhou com isso e que chegaria o momento certo.  Eu disse que o momento era aquele. Ou ele me dava um filho ou eu sairia na rua e faria um filho com o primeiro homem que passasse ali..kkkkkk
Ele falou que eu estava louca, que ele não tinha grana nem pra ele, que não cabia um filho nessa realidade maluca que estávamos vivendo, sem grana pra nada. Chorei, gritei, fiz um escândalo, até que ele, com muita sinceridade, disse que não poderia me ajudar financeiramente em nada até que terminasse a faculdade e pagasse algumas dívidas depois que conseguisse um emprego. Enfim, topou virar pai, desde que eu assumisse o filho financeiramente.
No dia 22 de junho de 2011,sentindo que estava grávida,sem nenhum sintoma, mas com certeza no coração, resolvi fazer um teste de farmácia e deu positivo. Chorei, gritei, tremia de tanta felicidade.. Afinal, não imaginava que conseguiria engravidar sem tratamento. Liguei pro Jeff, ele não acreditou,disse que era melhor eu ter certeza do que sair por aí falando só por causa de um teste de farmácia.. Eu tinha certeza.. não adiantava contrariar. Depois fiz mais 2 testes de farmácia, um de sangue e um de urina.. kkkkk.. O médico riu e disse que eu só acreditaria que estava mesmo grávida quando visse o bebê. Afinal, pra que tanto teste?? Contei pra todas as amigas, pra minha mãe, e aí chegou a parte difícil: Tinha que falar pro meu pai.. afinal, todo mundo sabia , menos ele. Peguei o telefone e liguei no celular dele contando a novidade: Você vai ser avô. Pensei que ele fosse me dar um sermão, mas do outro lado ouvi: Até que enfim, já estava na hora.. vc já estava ficando velha!!! Rsrsrs..
Tive uma gravidez ótima e feliz, mas extremamente preocupada com casa, dinheiro, fralda, etc..
Dia 16/02/2012 nasceu meu príncipe. Arthur!
Desse dia em diante eu soube o que é realmente ser feliz, não me imagino sem ele.
Ainda moro com meus pais e com o bebê que é a alegria da casa. Sofro porque gostaria de estar casada, no meu apartamento com o Jeff pra educarmos nosso filho do nosso jeito, mas ainda não foi possível financeiramente. O Jeff sofre por estar vivendo longe do Arthur e só poder vê-lo nos finais de semana.
Sei que vamos conseguir realizar nossos sonhos quando ele conseguir um emprego, mas às vezes parece que as coisas empacam de vez.
Da forma mais planejada emocionalmente e ao mesmo tempo mais despreparada financeiramente, eu tive meu filho. Não tive casamento, nem aliança,nem festa, mas hoje sei que nem precisava disso tudo pra ser feliz. Minha maior felicidade saiu de dentro de mim com 2755Kg e com 46cm de pura gostosura.
Mato e morro por ele. Deus nunca deixou faltar nada e não consigo entender como vivi tanto tempo sem meu filho perto de mim.. Costumo dizer que se soubesse que era tão bom, teria fabricado o Arthur muito antes, mas tudo tem seu tempo e o meu, apesar de tardio, chegou. Agradeço a Deus todos os dias por confiar em mim e me conceder essa benção.
Amo ser mãe.

Com quantos anos se tornou mãe? 36 anos


Quantos filhos, e quais idades? Arthur,1 ano e 8 meses.


Como você era antes, e como ficou com a chegada da maternidade? Eu era completamente livre, saía sem hora pra chegar, viajava sozinha, com namorado, com amigas, tinha uma vida social ativa. Comia em bons restaurantes,gostava muito de ir a teatros e cinemas, fazia trilhas malucas para praias distantes, etc... Hoje, tudo mudou... não saio em paz sem meu filho, minha cabeça pensa nele 24 horas por dia, se ele fica com minha mãe, ligo 30 vezes com saudade..rs Viajar sem ele? Nem pensar. Fiquei muito caseira e mais planejada.. mas voltarei às atividades normais com ele, assim que ele for maiorzinho, se Deus quiser.


Um momento inesquecível com seu filhote: Com 8 meses, ele teve uma infecção urinária grave e não conseguia tomar os remédios sem vomitar. Precisou ficar internado. Passamos juntos uma semana no hospital, eu e ele.. Foi muito difícil vê-lo sofrendo, sendo picado toda hora pois a veia escapava.. Sofri com ele cada segundo. Queria que a dor dele passasse pra mim.


Do que você teve que abrir mão, com a chegada da maternidade, e como encarou isso? Principalmente de liberdade, de sair sem hora pra voltar. Dos papos intermináveis ao telefone, da comida sempre quentinha, do banho longo, da roupa bem passada, do cabelo e da unha sempre feitos..rsrs.. Hoje encaro isso numa boa.. Sabia que seria assim, e estava preparada pra isso. desejei mais que tudo na vida ser mãe e sei que isso uma hora vai passar.

O maior susto, na sua vida de mãe: Quando ele quase convulsionou com febre e eu estava em um hospital de 5ª categoria e ninguém fazia nada... As enfermeiras diziam: é normal mãezinha... Quase enforquei uma delas.. xinguei, entrei na sala da médica, fiz um escândalo e depois quando a febre abaixou levei-o pra outro hospital onde ficou internado.

Você trabalha? Qual a sua profissão? Sou professora de educação infantil. Pedagoga.

Quando você se cuida e curte o(a) parceiro(a)? Na verdade, ando em falta com ele.. Não moramos juntos e quando nos vemos o Arthur sempre é prioridade, então, nesse momento, nos curtimos mais por telefone do que ao vivo... mas vai melhorar, precisa... rsrs

Já fez alguma viagem com o(s) pequeno(s)? Pra onde? Como foi?
Fui até Campinas na casa de uma amiga, e ele deu trabalho no carro, não queria ficar na cadeirinha na volta, mas curtiu o passeio. Fomos uma vez à praia, mas estava chovendo, então voltamos.

Tem bichos em casa? Qual o contato da(s) criança(s) com ele(s)? O pai dele tem 3 gatos que ele ama de paixão.Nos finais de semana, quando vamos pra lá ele vai chamando Gato, Gato o tempo todo no carro.. Ele se diverte com os bichos.. Gosta de cachorros também, mas na minha casa não temos nenhum.

Quem é responsável pelos cuidados diários? Eu. Algumas vezes que preciso sair, minha mãe ajuda.

Quais os programas preferidos de mamãe com a(s) cria(s)? Ir à casa do papai nos finais de semana e poder passear na pracinha perto de casa. Gosta muito também do parquinho da escola e eu posso levá-lo todos os dias um pouquinho. Contar historinhas antes de dormir,usando fantoches, livros, uso um pouco a pedagogia da sala de aula e ele adora.. Bate palma, grita, participa das histórias é um barato.

Seu(s) filho(s) já frenquenta(m) escolinha? Qual a sua participação nessa rotina? Sim.Tenho toda participação do mundo.. Trabalho na mesma escola que ele fica, então, quando meus alunos vão embora, corro pra sala dele pra ficar pertinho..

Não sou uma mãe perfeita porque... Sou humana.. Erro pra caramba.. Na verdade, quando penso que estou ensinando , estou na verdade aprendendo com ele.Vivo em eterno processo de aprendizagem e acho que não atingirei a perfeição nem no fim da vida.


E por fim, o que é ser mãe pra você, além de "Padecer no Paraíso"? Qual o segredo para ser uma boa mãe? Pra mim, ser mãe é ter todo dia gratidão a Deus por ter me presenteado com o carinha mais incrível do mundo. Segredo?? Vixe, acho que não tem segredo... a base dessa relação é AMOR, muito AMOR, e claro, limites também,  aí, tudo dá certo.