Blog idealizado por mim, Vivian Marcondes, que sempre digo que "em primeiro lugar, sou mãe". Sou e fui muitas coisas nesses meus 32 anos de vida. Mas, há apenas 2 anos, é que descobri aquilo que eu realmente amo, que é a minha cara, minha missão e minha identidade: a maternidade. Daí veio o nome, que primeiro batizou meu blog pessoal, e em seguida também denominou meu grupo no Facebook, mais tarde tendo a Simone Galani como braço meu direito, na moderação.
De início, um grupo sem qualquer pretensão, só para fugir do que eu estava acostumada e não gostava. E sem fazer alarde, se formou uma simpática turma de mães de mente aberta e muita experiência para compartilhar. E a cada publicação, e cada pedacinho de história de vida contada, esse blog aqui ia tomando forma na minha cabeça.
Veio a ideia do blog extensão do grupo, e era inevitável que o título se repetisse! Luanda Mangeni, que se mostrou mais do que empolgada: maravilhada com essa ideia, é meu braço esquerdo, e assina muitos dos textos publicados aqui.
E aqui vamos nós: com muitas Identidades incríveis para revelar, sem regras indiscutíveis, fugindo sempre que possível dos clichês. Aqui são mães de verdade! Dedicadas, amorosas, apaixonadas, mas nunca perfeitas.
Curtam!

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Identidade: Mãe Isabel Cristina

Não sou uma mãe perfeita porque sou estressada e quero tudo arrumado sempre, casa impecável e a vida organizada.
[Na foto Gabriel e Arthur. Isabel não tem fotos suas com os dois ao mesmo tempo]


Olá meninas, sou a Isabel tenho 28 anos e provavelmente eu seja a mãe mais louca e uma das mais tagarelas (digitadora) desse grupo envolvente e viciante. Sou aquela que acha que se tá “vivo” tem que aproveitar desde novo pra se acostumar, que saí pra passear com eles desde o dia que chegaram da maternidade, sem hora pra chegar em casa e que começam a experimentar a partir dos 2 meses alimentos desde que sejam coisas saudáveis e ao seu tempo, no caso ao meu tempo... (ri alto)
Então pega uma bebida ou um quitute e senta que lá vem história...
Fui uma criança feliz, criada como filha única mesmo com dois irmãos mais velhos e uma adolescente que experimentou tudo cedo, bebidas (meu pai era daqueles que dava pra experimentar), baladas, viagens, “ficadas” e afins. Não me arrependo de nada que fiz nesta vida, porque todas experiências me serviram de aprendizado. Assumi de uma certa forma, a casa aos 16 anos quando meu pai sofreu seu primeiro AVC... meu mundo desabou e me vi totalmente desamparada uma vez que minha relação com ele sempre foi muito forte!! De lá pra cá meu pai deu o cartão do banco na minha mão e passou a ser minha responsabilidade receber, pagar contas, fazer compras e decidir o que é feito na casa ou não e isso permanece até hoje mesmo após casada, algo que muitas vezes me tira do sério!!
Como baladeira de plantão curtia a vida enlouquecidamente até que comecei a trocar sms com o Leandro num chat chamado cupido em Abril de 2003, tinha 17 anos e só queria curtir a vida... por fim trocamos telefones e passamos a nos falar todos os dias e por horas!! Ele tinha um “caso” com uma mulher exatamente com o dobro da minha idade, mas mesmo assim resolvemos nos encontrar no dia que completei 18 anos e BINGO... foi amor a primeira vista, mas como não queria dar o braço a torcer, deixei bem claro que era só curtição!! Passamos a nos encontrar, mas cada um com sua vida... quase um mês depois resolvi dar um basta, porque estava apaixonada por ele e não tava rolando saber que ele estava com ela, aí veio a surpresa “Quero você e vou terminar de vez com ela” e assim foi... em 26.07.03 começamos a namorar!! Eu queria ter filho já naquela época, um menino pra se chamar Gabriel, mas óbvio que as coisas não eram assim tão fáceis... por fim noivamos na virado do ano de 2005 e começamos a procurar nosso cantinho que achamos em 2006!! Setembro de 2007 chegou e nosso AP estava entregue, começamos a decorá-lo e marcamos o casório pra Fevereiro de 2009... com a viagem de lua de mel paga, meu tão sonhado Cruzeiro, comecei a passar MUITO mal na véspera de Natal, fomos ao PS fiz mil exames (menos o principal) e como tudo é virose fui medicada e pastei até o dia da BOMBA estourar... estava grávida e só confirmei na virada do ano, num momento que não queria mais tanto assim, estava desencanada querendo curtir minha casa e a vida nova que estaria por vir!! Pagamos uma viagem com até Whisky incluso pra eu passar a água, suco e soda... pelo amor!! Com 2 meses e meio já sabia que teria meu tão sonhado filho homem, fui diagnosticada com hiperemese gravídica, ou seja vomitar enlouquecidamente a gestação toda, perdi 12 quilo e ia ao hospital praticamente uma vez por semana e enlouqueci, acho que foi o ano que mais tivemos festas e comemorações pra ir e eu lá sem conseguir comer nada, rejeitei completamente toda a situação... cheguei a dizer não querer que aquele bebê vingasse, os meses se passaram e ao 6º mês assistindo o Discovery Home and Health (viciada) me deparei com uma mãe “perdendo” sua bebê em seus braços horas após nascer, quase morri me ajoelhei ao chão e pedi perdão ao meu filho por um dia ter desejado que ele não chegasse aos meus braços!! A vida marido e mulher virou uma bela M****... o maridex quase não chegava perto de mim e dar um pelado deixou de existir na nossa vida, algo que me magoou absurdamente ao ponto de me deixar neurótica!!

O dia “D” chegou e após 15 horas de espera ele chegou da maneira como eu sonhava, um parto natural com toda infra-estrutura necessária... fui embora e infelizmente com a ajuda de terceiros o terror se instalou novamente, ele berrava dia e noite e simplesmente não sabíamos o que fazer, mamava desenfreadamente (o que pra mim foi o fim), colocava todo o leite pra fora, o pediatra afirmou ser refluxo mas depois descobrimos que era apenas excesso de mamadas desnecessárias, ele nasceu absurdamente alérgico, com 5 dias estava no PS tomando inalação, medicamentos e eu entrei em órbita, passei a não querer cuidar dele, se alguém chegasse eu já ia largando ele no colo da pessoa e pronto, eu chorava muito, aliás 24 horas não aceitava que minha individualidade fosse “atacada” daquela maneira negativa por um ser tão pequeno e com 33 dias muito desorientada fui parar no hospital com o lado direito do rosto paralisado, correndo o risco de ter um AVC devido ao estresse e cansaço excessivo, me doparam e naquele dia ele conheceu a mamadeira e dormiu por 7 horas seguidas, eu pensava “Isso que é ser mãe?? Deus me livre... eu dispenso”, “Nunca mais coloco outro filho no mundo!!” cheguei a jogar ele na cama um vez!! Tanto que ele preferia os outros mesmo, ao invés de mim, com certeza sentia que eu o rejeitava, até o dia que bateram no nosso carro... ele tinha apenas 2 meses e eu pulei no bebê-conforto pra protege-lo (neste dia ganhei minha hérnia de disco), ali vi que se eu o perdesse minha vida também acabaria e passei a ser uma mãe mega grudenta pra compensar, e então ninguém sabia trocar, dar banho, alimentar e etc. Aí que ele começou a saber o que era ter uma mãe desorientada mas que o amava muito!! Os meses foram passando e as coisas melhorando, mas eu ainda me sentia sufocada uma vez que ele foi criado no colo pelas avós e quando estava comigo era um Deus nos acuda, banho só com ele aos berros, ir no banheiro com calma era algo milagroso, senão ia com ele no colo mesmo, pra rolar algo com o marido tinha que marcar hora e 99% das tentativas davam errado... ele tava tão acostumado a ter tudo na mão a qualquer “A” que não saía do lugar pra nada e aquilo foi me deixando cada dia mais chateada com a tão sonhada maternidade... aos 10 meses o Leandro vendo toda aquela situação chegou um dia e disse “Vamos colocar na escolinha!!”, era o que eu queria ouvir, mas fiquei com medo... ele foi, amou, se adaptou desde o primeiro dia enquanto eu fiquei uma semana sem comer!! Como sempre foi muito doentinho mesmo saindo horrores, ele vivia coberto dos pés a cabeça e a segunda pediatra dele comeu meu “toco” e mandou levar o menino pra viver... primeira ida ao parque foi uma catástrofe, o pai sentou ele na grama e foi um berreiro que todo mundo ficou olhando, a partir desse dia passamos a sair pra locais abertos onde ele teria contato com tudo e hoje aos quatro anos volta parecendo que rolou dentro de uma “vala”!!!

Depois que ele nasceu passei a comer compulsivamente, descontava todas minhas frustrações e tristezas em delicias... passei dos 62 para 90 e poucos quilos em menos de um ano, foi quando descobri ter refluxo pós gestação (por vomitar demais, criou uma úlcera no esôfago), não havia mais tratamento e passei na faca quando ele tinha 1 ano e 10 meses, uma cirurgia idêntica a bariátrica, sofri como uma condenada, não conseguia comer, fiquei de cama e tive complicações sérias e em 3 meses perdi 38 quilos, estava magra aos olhos do mundo (e confesso que feliz), mas muito debilitada... verificando o porque não conseguia voltar a ser saudável novamente outro diagnóstico, minha vesícula já era e apenas 6 meses após a primeira estava eu lá no bisturi novamente... Pra descontrair costumava falar “PQP... passar na faca pela minha sonhada plástica nada né!!”, mais uma pastei e continuei emagrecendo ao ponto de usar uma micro saia “P”, roupinhas de menininha nova e um biquininho lindo na praia!! Apesar de todo sofrimento estava me achando a última bolacha “chocolicia” do pacote (lembrei de você Lu pra citar este trecho) [em referência à Luanda Mangeni e sua abstinência de açúcar e de sua bolacha preferida, escondida no armário e intocada]... hahahahaha

Agora tenho o Arthur com 2 meses, que também foi inesperado, que me deixou com o C* na mão pensando em passar tudo de novo, com um medo mostro do meu refluxo voltar, engordar como uma louca novamente, tanto que ao ter o resultado do exame nas mãos só pensei em mandar um sms escrito FU*** para o maridex (que ele guarda no cel até hoje), entrei em choque por uns 15 dias, chorava só de pensar ou quando alguém tocava no assunto, mas que como o ele mesmo falou “ Calma... talvez ele virá pra te mostrar que a maternidade pode ser maravilhosa sim!!”... E assim foi!!! A gravidez foi como qualquer outra, enjoei, tive azia mas passou no tempo normal, aproveitei o maridão horrores até dias antes de ter ele, só a dor da hérnia que foi de matar e o medo de não conseguir te-lo da forma normal como o irmão, que também caíram por terra quando entrei em trabalho de parto apesar do tempo (8 meses) e ele veio todo lindo e saudável mesmo antes da hora precisando da incubadora pra dar uma mãozinha, mamando MUITO, mas super regrado e dormindo relativamente bem como a maioria dos bebês não faz e que só acalma nos meus braços bem diferente do Gabriel na mesma idade!! Não sou louca de dizer que tudo são flores e que tá mega fácil, porque não tá... mas estou amando essa nova experiência, mesmo ficando bem atordoada nas noites que ele não dorme tão bem e só quer companhia e colo. Hoje fazemos tudo o que queremos e os dois não nos atrapalham em nada, meus banhos são de meia hora ou mais na boa, mesmo que esteja sozinha com eles, só na hora de bater perna que vira uma mega operação, temos que nos programar muito pra não atrasar e a cada saída é uma mudança que carregamos... rsssss
Afirmo que apesar de todas as dificuldades não viveria sem eles um segundo sequer... passar por tudo de novo não passaria nunca e sou sincera em dizer que não sinto falta da barriga ou dos primeiros meses de vida de um filho porque sejamos realistas seja um bebê bonzinho ou não, nessa fase em algumas ocasiões não vivemos, vegetamos... pularia pra parte em que ambos já estão na minha vida e eu menos neurótica com as situações adversas, curto estar com eles, sair, se divertir, bagunçar e principalmente deixar viver mega à vontade porque é isso que eles vão levar para o resto de suas vidas, aqui é a casa da família mais doida do Universo, mas que não troco por nada!!!
Não estou com o corpinho de 60 quilos que gostaria, mas estou tentando chegar nele comendo muitas pizzas, massas, guloseimas e afins (risos mil)... um dia viro rhyca com “Y” e passo na faca sem medo nem culpa!!!

Com quantos anos se tornou mãe?
24 anos.

Quantos filhos, e quais idades?
Gabriel Mauro, 4 anos e Arthur Daniel, 2 meses

Como você era antes, e como ficou com a chegada da maternidade?
Sempre fui muito individualista e aprendi a duras penas que um filho muda tudo isso goste você ou não. De resto procuro fazer o que sempre fiz antes, claro com alguns ajustes e restrições, amo sair então na maioria das vezes fazemos programas onde os filhotes possam participar também.

Um momento inesquecível com seu filhote:
Acredito que assim como a maioria das mães, foi quando ele me chamou de Mãmãmãmãããããã pela primeira vez!! Fora até hoje quando ele me fala coisas que não são normais pra crias da idade dele como “Mamãe eu sou lindo, gostoso, príncipe e sou também das meninas novas”... essas dentre outras pérolas me matam de orgulho... kkkkk

Do que você teve que abrir mão, com a chegada da maternidade, e como encarou isso?
Nas duas foram o corpicho de Barbie né... e na segunda depois de tanto sofrimento pra emagrecer, apesar que ganhei só 6 quilos, mas mesmo assim nada mais é igual!! De resto aprendi a conviver não só pra minha pessoa com meus luxos e sim para duas lindezas que hoje são tudo pra mim!!!

O maior susto, na sua vida de mãe:
Bom foram vários, já que o Biel sempre atentou contra a própria vida quando começou a sair do lugar sozinho, mas houve três que nunca esquecerei. O 1º foi a batida de carro quando o Biel tinha 2 meses, o 2º quando ele se pendurou por completo na tela da sala sendo que moro no 6º andar e o 3º foi ver meu bebê indo embora da sala sem eu segurar e tão pequenino dentro de uma incubadora todo cheio de fios... nestes momentos eu fiquei sem chão!!

Você trabalha? Qual a sua profissão?
No momento não estou trabalhando fora, larguei a vida profissional pra cuidar das crias pelo menos por enquanto. Sou formada em comunicação e sempre trabalhei na área.

Quando você se cuida e curte o(a) parceiro(a)?

Tomo banho hehehe... bom eu mesma pinto meu cabelo, tiro sobrancelhas e nado nos meus óleos e cremes, quando dá tempo ($$$) faço as unhas no salão... enquanto o Biel era Bebê a coisa era complicada entre nós, depois dos 2 anos ele passou a dormir na casa dos avós aos fins de semana e a coisa melhorou e muito, hoje com os dois parece estranho mas não temos dificuldades em nada, dá tempo de se curtir por horas e horas... se soubesse disso teria tido o Arthur antes!!

Já fez alguma viagem com o(s) pequeno(s)? Pra onde? Como foi?
Com o Biel sim... tanto pra passar só o dia como pra pernoitar também, mas ele ficou mega animado e elétrico, ou seja, mal dormiu de tanta felicidade!! Já o Arthur só passou o dia fora por enquanto, mas em Outubro terá sua primeira saída pra dormir fora, na Praia Grande, afinal aqui não tem essa de bebê novo não saí de casa... saí e curte horrores!!!

Tem bichos em casa? Qual o contato da(s) criança(s) com ele(s)?
No AP não temos porque saímos muito e não temos quem cuide, mas na minha mãe tem meu cachorro e o Biel deita com ele não chão, se pendura, beija, abraça, dá ração na boca e afins...



Quem é responsável pelos cuidados diários?
Eu na maior parte do tempo, até mesmo porque o maridex passa 24 horas fora de casa... mas revesamos nos dias de folga dele.

Quais os programas preferidos de mamãe com a(s) cria(s)?
Locais abertos pro Biel correr e brincar muito... parques, praias, clubes, chácaras e playlands da vida!! O Biel apesar da pouca idade ama jogar boliche, então quando dá levamos ele em algum. Outra coisa que fazemos muito é sair pra comer fora, o Biel adora e na maioria das vezes escolhe onde iremos...

Seu(s) filho(s) já frequenta(m) escolinha? Qual a sua participação nessa rotina?
Sim, desde os 10 meses, sempre semi-integral... na 1ª tivemos problemas e ele saiu de imediato quando notei sua tristeza!! Ele tá nessa de agora desde os 2 anos e sei de tudo que se passa por lá por ter uma grande proximidade entre funcionárias/diretora e pais, mas se tiver dúvida baixo na porta da escola!! Ele fica super bem lá, faz inúmeras atividades e até lição de casa traz todo animado dizendo que já é um rapaz!!!

Não sou uma mãe perfeita porque...
... porque essa mãe não existe, sou estressada e quero tudo arrumado sempre, casa impecável e a vida organizada, óbvio que isso não acontece mais por aqui e tento lidar com isso dia a dia!! É o que eu digo sempre “Não sou eu uma mãe perfeita e sim meus filhos me escolheram por serem perfeitos pra mim”.


E por fim, o que é ser mãe pra você, além de "Padecer no Paraíso"? Qual o segredo para ser uma boa mãe?

Pra mim nunca foi e provavelmente nunca será padecer no paraíso, aliás essa frase deve ter sido inventada por um homem... o que sei é que faço o que posso, gosto de deixá-los e vê-los bem arrumadinhos e cheirosos, bem alimentados, com a saúde em dia sempre que possível, evito deixar que passem o mínimo de vontades (porque eu fui criada assim), não sou aquela mãe pegajosa e quero que curtam a infância, a vida e que sejam muito felizes... AMO eles do meu jeito e eles me amam do jeito que sou!!!

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Identidade: Mãe Mônica Nuspl


Não sou uma mãe perfeita, porque sou muito perfeccionista e preciso entender que ele com 1 aninho não vai fazer tudo que eu quero do jeito que eu quero.

Oi gente, bora conhecer minha história!!!

Sempre tive um grande desejo de ser mãe e.........ops, não, pera...não tive não!
Estranho dizer isso, nunca tive a maternidade muito aflorada dentro de mim, mas não porque não gostava de crianças (apesar de ter medo delas até hoje rs!) ou por não achar que seria capaz, mas sim porque do alto - e da largura! - dos meus 125 kgs aos 20 anos (e com todas as dietas do mundo fracassadas!) eu tinha certeza que eu jamais encontraria alguém que me visse como mulher e que me levasse ao altar, muito menos quisesse ter filhos comigo!
Isso também se deve, provavelmente, à convivência com minha mãe que teve uma vida muito confusa, de muitas privações por conta das doenças graves dos meus avós e com isso, era uma pessoa alegre e disposta por fora, porém, triste e frustrada por dentro, que acabou se casando e tendo filhos sem fazer disso sua grande paixão...ela se foi há 15 anos, vítima de um câncer de mama que acabou com ela, mas mesmo antes da doença grave, lembro sempre de vê-la muito triste, e sem muita vontade de viver, sempre reclamando que casar e ter filhos foi o grande erro da vida dela...nunca tive muito apoio também com relação á essa obesidade que começou na pré-adolescência e se arrastou até a vida adulta, me trazendo muitas mágoas e sinceramente, vontade nenhuma de viver, pois só o que eu via eram amigas indo ás compras, estudando, se formando, viajando com os amigos para a praia, namorando, e eu, dentro de casa. Sempre.
Sofri muito preconceito, humilhações...pensei várias vezes em atentar contra a minha própria vida, mas felizmente nunca tive coragem pra chegar às vias de fato.

Não digo que fui uma criança ou adolescente chata, pelo contrário, tive uma infância excelente, brinquei muito na rua, era hiper moleca, vivia arrebentada por subir em árvore, correr na rua e subir em muro e na adolescência, minha casa era ponto de encontro da galera, eu era aquela “amiga gordinha super legal e confidente”, mas pra namorar, eu não servia!...então, como pensar em ter filhos?? Isso não era pra mim!

Foi aí que conheci meu ex-namorado através daqueles chats via telefone e quando nos conhecemos pessoalmente, ele até que foi bem bacana, não se importou muito com minha forma tipo “Dona Redonda” rsrsrsrs, mas esse encanto não durou muito, pois 5 meses depois ele me traiu e mal teve vergonha na cara pra terminar comigo decentemente... Enfim, como se diz por aí: “Há males que vem para o bem”.
Uma semana depois, entrei num chat virtual no computador, nem sei pra quê afinal tinha acabado de levar um pé na bunda bem sem-vergonha, mas esses chats eram o único lugar que eu podia brincar de ser “bonita” e conversar sem ser julgada pela aparência...e foi nesse chat que conheci um rapaz chamado Eduardo, que me disse uma frase que eu adorava na época e até hoje: “O verdadeiro homem não é o que conquista várias mulheres, mas sim, o que conquista a mesma mulher várias vezes.” OK!!! Gamei logo de cara...e tive que ser sincera, falei que era um “pouco maior” do que a maioria das moças que provavelmente ele já tinha saído e mesmo assim ele me deu o número do telefone dele (fui saber depois que ele sempre dava números falsos, só pra mim deu o verdadeiro!!!). Liguei, fiquei com medo, não fui ao 1º encontro marcado, depois ele me desculpou, entendeu, marcamos de novo e nos encontramos e foi como se voltássemos de alguma vida passada, éramos com certeza ALMAS GÊMEAS!...o casal da música de Renato Russo, sem dúvidas!!!
Começamos a namorar, ele me apresentou à família sem o menor medo de ser feliz e sim, fui julgada por eles só pelo olhar de reprovação, mas eu estava tão feliz que nem liguei!... E foi com esse homem, que foi meu namorado, noivo, hoje marido, que a vontade de ser mãe me assustava, mas ficava cada vez mais forte dentro de mim!
Decidi fazer uma redução de estômago com apoio grande del,e por saber que isso me faria feliz, mas o danado disse que ia ficar triste porque gostava das gordurinhas. Oi??!! Era muuuuita gordurinha pra uma pessoa só!!!!!!!

Fiz a cirurgia, emagreci mais de 60 kgs e obviamente virei um mar de pelancas (juro, era pele e flacidez que não acabava mais!) precisei de muitas plásticas pra ter um corpo relativamente normal – e cheio de cicatrizes – mas que enfim me trouxeram mais saúde, vontade de viver e a felicidade de poder comprar roupas normais e andar um quarteirão que seja sem, achar que estava morrendo afogada no Mar Morto!
E o Edu lá, firme e forte, guerreiro!... Nos casamos, eu no meu maravilhoso vestido “P” e BRANCO (kkkkkkk!) e após 5 anos começamos a pensar que estava mais do que na hora de providenciarmos o herdeiro(a), e aí veio aquela chatice necessária de exames e a gravidez que não vinha. Exames de farmácia sempre negativos e descartados com certa raiva (sim, sou leonina estressada!)
Até que desencanamos e nos demos conta de que já que estava tudo certo conosco, na hora certa o bebê viria. E VEIO!
Eu, com muito sono e uma fome incontrolável resolvi fazer o teste sem ele saber...fui para o banheiro, enfiei o bastãozinho no tal potinho de xixi e logo apareceram as duas listrinhas vermelhas. E ainda bem que o vaso sanitário estava ali, pra me apoiar senão teria caído no chão, certamente!!!
Fui até a sala, marido jogando video game. Falei: “Amor, acho que amanhã você vai ter que me levar a um laboratório...vou precisar fazer um exame de sangue!”...e ele: “Porque, tá doente?!”...respondi: “Não, não...é só pra confirmar aquele exame positivo de gravidez que tá lá no banheiro!!!”
PLOFT!!!!....achei que ele ia explodir de tanta felicidade, porque ele sim, sempre teve loucura pra ser pai...e que pai maravilhoso ele é!!!
Eis que 38 semanas depois, Gabriel cresce demais na minha barriga, fica sem líquido, sem espaço e eu sem dilatação nenhuma, fizemos uma cesárea bem tranquila, marcadinha e adivinhem: esse anjo Deus me mandou como presente de aniversário, dia 02/08/12 às 07:30hrs (engraçado que ele continua acordando as 07:30h até hoje!)
Detalhe: leonino do mesmo dia da mãe, lindo, danado, genioso e divertido igualzinho (e sem a menor modéstia)!!!

Os primeiros momentos com ele em casa foram tensos, eu morria de medo, afinal nunca tinha me preparado pra isso e cheguei a pensar que não conseguiria, mas o tempo e o instinto maternal realmente nos surpreendem!
Consegui amamentar meu pequeno somente por 30 dias, depois disso tentei de tudo, bombinha, consultora de banco de leite (péssima, aliás!), mas nada dele querer sugar, quando pegava, dormia logo e nisso, foi perdendo peso...e eu chorava mais do que uma condenada a cadeira elétrica!...enfim, me rendi ao leite artificial e me animei vendo que foi a decisão certa na hora certa, quando vi meu anjinho dormindo feliz e de barriguinha cheia e retomando o peso e o desenvolvimento dia a dia...mas confesso que é uma frustração e uma tristeza que vou levar comigo para o resto da vida.
Após os 5 meses de licença maternidade, decidi junto com o marido que não valia a pena voltar a trabalhar, ganhava pouco e seria só o suficiente pra pagar uma escolinha e também achava meu Gabriel muito pequeno ainda pra isso. E foi aí que realmente me joguei na minha nova profissão, na fotografia. Já tinha o equipamento, o curso mas, ainda não tinha tido a coragem, que a idéia de ficar com meu gatinho mais tempo me deu.

Com 8 meses, colocamos o Gabriel numa escolinha pequena, por ½ período também pelo fato de não termos família aqui em Sorocaba, ele não tinha muito contato com pessoas além do pai e de mim, apesar de visitar alguns amigos às vezes, parece que não era suficiente; ele não tinha contato nenhum com crianças e ficava meio entediado comigo o dia todo em casa, ou mesmo quando saíamos...enfim, a escolinha é excelente, a adaptação dele não poderia ser melhor (ama as tias, se joga no colo delas!) e eu tenho as tardes livres pra cuidar da casa, de mim, e dessa nova carreira que graças a Deus, está decolando e me fazendo cada dia mais feliz, pois finalmente trabalho com o que gosto, saí dessa rotina louca de empresa, horários, e toda a chatice que isso envolve...e ainda fico a manhã toda com meu galã, rindo muito, brincando, correndo atrás dele pra evitar que arranque o olho e o rabo do cachorro, derrube a TV em cima dele ou que coma as plantas da garagem!!!

Como mãe, descobri um amor maior do que tudo que eu já havia imaginado nessa vida e quando acordo, não penso mais só em mim, penso em VIVER e ser uma pessoa melhor, mais ativa, saudável para poder cuidar desse anjo que me foi confiado por Deus, da melhor maneira possível (e impossível também)!!!



Com que idade se tornou mãe?

33 anos (na hora certa!!!)


Quantos filhos, e quais idades?
01 filho, Gabriel com 1 ano e 1 mês

Como você era antes, e como ficou com a chegada da maternidade?
Eu era uma pessoa alegre por fora, porém deprimida por dentro, só pensava em mim, em emagrecer e ser aceita pela “sociedade",  não tinha muita perspectiva de vida; hoje em dia vivo um dia de cada vez, cuidando muito do meu filho, do meu marido (saindo com louvor de crises!) estudando e me entregando de corpo e alma à maternidade e à minha nova carreira na fotografia.

Um momento inesquecível com seu filhote:

Um dia eu estava na pia, cortando legumes para fazer a papinha dele, e ele sentado no carrinho, atrás de mim, brincando e falando aquele “bebenês” que só eles entendem, quando de repente me sai um “MMMAAAAMÃÃÃÃEEE”!!!!!!!
Quase cortei a mão fora de susto e chorei de felicidade apertando aquele meu neném fofo, ao mesmo tempo que pensava: “Meu Deus, isso está mesmo acontecendo comigo...tenho um filho que me chamou de MAMÃE??!”


Do que você teve que abrir mão, com a chegada da maternidade, e como encarou isso?

Eu estava no auge do corpão, tinha emagrecido, feito plásticas, usando jeans 42 e vestidos curtos, indo à baladas, emagrecido os últimos 5 kgs antes de engravidar...quando o Gabi nasceu, óbvio que tudo isso ficou pra trás e confesso que sinto falta sim, pois tive isso por pouco tempo, mas a felicidade de ver meu filhotinho rindo pra mim todo dia quando acordo e a saudade dele durante a tarde, as gargalhadas e o beijo de boa noite antes de dormir, compensam qualquer coisa!
Mas, ainda estou correndo atrás do prejuízo e das minhas calças 42!!!


O maior susto, na sua vida de mãe:
Quando ele tinha apenas 1 mês, meu marido foi tentar cortar as unhas dele com ele acordado e claro, sem querer, acabou cortando a pele do dedinho dele. Vendo aquele sangue naquele dedinho tão pequeno e ele berrando, juro que achei que ia desmaiar mas mesmo assustada, consegui fazer o curativo e acalmá-lo, mas fiquei traumatizada!

Você trabalha? Qual a sua profissão?
Sim, sou autônoma e trabalho como fotógrafa.

Quando você se cuida e curte o(a) parceiro(a)?

Tento me cuidar diariamente, passo meus cremes, faço minhas unhas, vou ao salão, luzes no cabelo sempre...é mais tranquilo por conta do Gabi passar á tarde toda na escolinha.
O Eduardo e eu sempre fomos muito namoradinhos, mesmo depois do casamento, sempre estamos de chamego e namorar nunca foi um problema (exceto pelo sono e cansaço dos primeiros meses) porque o Gabriel dorme a noite toda, das 22h as 7:30h, salvo raras vezes que não dormiu, geralmente quando está doentinho ou muito agitado!


Já fez alguma viagem com o(s) pequeno(s)? Pra onde? Como foi?

Vamos sempre pra Jaguariúna e São Paulo, por conta dos parentes e padrinhos, mas somente finais de semana e é sempre muito bom, ele brinca muito, é super mimado e dorme bem em qualquer lugar. 
A viagem mais longa será no final do ano, serão 7 dias num resort, e creio que será tranquila, com muita tralha e malas, mas sossegada!


Tem bichos em casa? Qual o contato da(s) criança(s) com ele(s)?

Tenho 02 cães e o contato com eles é direto, desde que nasceu!...o Chico (meu vira-lata grandão) ama o Gabriel mas o Toby (meu pequeno cão-gente!) já morre de ciúmes e não dá muita corda pra ele não; vive fugindo dele!


Quem é responsável pelos cuidados diários?
Eu de manhã, as tias da escolinha à tarde e o pai à noite!!!


Quais os programas preferidos de mamãe com a(s) cria(s)?

Adoramos fazer longas caminhadas pelo bairro e ir ao Parque das Águas, pertinho de casa!
Também amamos ir visitar os amigos e os padrinhos, mas especialmente na casa da tia Val, onde Gabriel brinca muito com suas três namora...ops, amiguinhas, Isa (10 anos), Sophia e Lavínia (11 meses)!!!



Seu(s) filho(s) já frenquenta(m) escolinha? Qual a sua participação nessa rotina?

Sim, desde os 8 meses, fica ½ período.
Minha supervisão é constante e diária, me preocupo com a alimentação dele, higiene, brincadeiras e educação durante o período que fica lá e também em como ele volta, se bem ou mau humorado (sempre bem humorado!!!)



Não sou uma mãe perfeita porque...
...não creio ainda que tenho o dom da maternidade, sou muito estressada, organizada, perfeccionista e preciso me policiar e tentar ser mais paciente, entender que ele com 1 aninho não vai fazer tudo que eu quero do jeito que eu quero. E apertá-lo menos também, já já isso vai ser o maior “mico” pra ele!!!!


E por fim, o que é ser mãe pra você, além de "Padecer no Paraíso"? Qual o segredo para ser uma boa mãe?

Ser mãe pra mim é padecer no sono, isso sim!!!...brincadeira!
É descobrir que sou capaz de coisas que eu nem imaginava, dia a dia, é me emocionar com um sorriso, um abraço, um carinho, uma descoberta do pequeno...e me pegar chorando de saudade durante a tarde, sentindo o cheirinho dele na minha roupa, e me sentindo abençoada por ter meu anjo e companheiro todos os dias me fazendo redescobrir o sentido da palavra AMOR!!!

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Identidade: Mãe Adriane Rodrigues de Castro

Não sou uma mãe perfeita porque sou humana e estou aqui para aprender!

Meu nome é Adriane Rodrigues de Castro, eu tenho 18 anos, não sou casada.... Vou contar um pouquinho da minha história para vocês.
Cresci com coisas simples, aprendendo desde cedo que a vida não é fácil! 
Eu conheci o pai do Davi (Rodrigo) no dia 12/06/2010, nossa historia é um pouco complicada, prefiro resumir... Ele é meu primeiro namorado, e eu a dele, perdemos a virgindade juntos, vivemos uma linda história de adolescentes no Colégio. 
Sabe como são os meninos nessa idade, querem se achar os TOPs da turma! Ele me traiu, mesmo sabendo que perderia a única pessoa que realmente estava com ele em todos os momentos! Foi complicado, sofri, mas com isso decidi caminhar minha vida sem depender do lado pessoal! Decidi seguir a vida, fazer faculdade de jornalismo, trabalhar e fazer planos reais. E um tempo depois, eu e o Rodrigo voltamos a ficar. Não planejávamos nada, até que confirmei o que desconfiava: A GRAVIDEZ! 
Isso foi no dia 09 de maio de 2012, e confesso que fiquei apavorada, pensei em até fazer m****, mas não sou a favor do aborto!  Rodrigo ficou mega assustado, tanto que escondeu da família. Eu tenho uma família muito linda, que me apoiou em tudo! Meus pais são separados, minha mãe que criou eu e minhas irmãs sozinha! Ou seja, minha mãe é a melhor mãe do mundo! (Risos)
Junto a gravidez, descobri que estava com descolamento de placenta, e para tudo ficar bem eu tinha que ficar de repouso absoluto! Parei tudo da noite para o dia, sem pensar duas vezes! Parei faculdade, mesmo com as melhores notas, parei de trabalhar, mesmo sendo bem elogiada pelo meu empenho... Abandonei a vida de Adriane aluna-trabalhadora-adolescente, para viver a vida de Adriane mãe adolescente! 
Quando estava com 4 meses, minha mãe não agüentou mais a família do Rodrigo não saber de nada, ligou para a mãe dele e contou... Ao invés de apoio, recebi xingamentos e humilhação... Foi horrível, mas minha família estava ao meu lado, e isso que importava! Briguei com ele, ficamos sem nos falar, desligava meu celular pra não ter que atendê-lo. Depois de 1 mês voltamos a nos falar, e depois de mais 1 mês, voltamos a namorar. Confesso que nada é como antes, afinal tenho meus receios ainda! Descobri que esperava um menino em agosto de 2012, foi muito bom, aí começou a lista de nomes, e quase no ultimo mês o DAVI prevaleceu! Já com o nome decidido, no dia 19 de novembro de 2012, 1 mês antes da data prevista tive meu primeiro susto... Um dia muito emocionante para minha família, pois era aniversario de 2 anos da minha sobrinha Laura, filha da Cristiane, que infelizmente faleceu no dia 10 de junho de 2011, aos 6 meses de idade. Ainda dói falar sobre isso, pois o tempo não cura, só me afasta mais de quando pude tê-la em meus braços. Então, eu e a Cristiane fomos comprar o enfeite da porta da maternidade, eu andava e sentia umas dores, até que resolvi falar pra ela, e quando já estávamos comendo no shopping, decidimos ir para o hospital! Nesse dia eu e ela tínhamos brigado, e ela sensível pela dor constante da perda da filha e eu sensível pela gravidez e também pela dor da perda da minha sobrinha. Assim que desci um andar de escada rolante, travei, não conseguia andar! Resumidamente, o bombeiro fez o socorro, me levaram para o hospital que eu pedi, o Santa Joana. E lá veio a bomba, a médica me disse: "querida, você esta em trabalho de parto! 2 cm de dilatação, contração e seu líquido está vazando! Estava de 8 meses, 34 semanas! Eu disse: "Não! Perai! Oi?!?!"  
Enfim, após milhares de exames e um choro para o meu medico GO, ele me liberou para ficar em casa em repouso absoluto para tentar segurar o máximo que conseguisse! Orei tanto naquele dia, implorava pra o Davi segurar mais um pouco... Meu aniversario de 18 anos não foi numa balada, e sim em casa, com um barrigão lindo, minha família, e agradecendo muito a Deus pelo Davi ainda estar na barriga... Dia 12/12/12 fui para o hospital, CHEGOU a hora! 
Eu, minha mãe e minhas irmãs ficamos lá esperando para me levarem para a sala de parto. Até dancei, gravei vídeos, tirei fotos, enfim, me acabei de aproveitar os últimos minutos com o barrigão! Sabia que não seria parto normal, pois não tive mais do que 4 cm e já estava sem liquido, não dava mais para esperar! Às 17:09, com a minha irmã Priscila fotografando na sala de parto, minha mãe e a Cristiane olhando da janelinha, no hospital Santa Joana, conheci o AMOR, a BENÇÃO mais linda, o presente que Deus me deu... Meu filho DAVI de 47cm, 2,745kg e um amor infinito! Uma emoção que não tenho como explicar! Todo sofrimento passou, toda tristeza foi embora, minha vida tomou sentido! Ali nasceu o meu sentido, minha luz! Minha família me ajudou e me ajuda muito, mas não sou aquelas mães adolescentes que deixa o filho com a mãe e sai todos os dias. Deixo quando necessário, e não está doente, afinal ela já foi mãe de 3, agora é minha vez! 
Ser mãe jovem é complicado, muito preconceito, dificuldade, amadurecimento rápido... Mas, Deus nunca me deixou na mão! Meu filho é saudável, sorridente, ama minhas palhaçadas e é apaixonado por mim! Quando me vê, fica todo dado, até minhas irmãs me zoam falando: "tadinho, acha ela engraçada!" Aprendi, aprendo e aprenderei muito com ele! Sou grata demais por ter ele na minha vida! 
Enfim... Essa é minha historia, um pouco da minha vida! 

Com que idade se tornou mãe?
18 anos e 5 dias!

Quantos filhos, e quais idades?
1 filho, exatamente hoje faz 9 meses!

Como você era antes, e como ficou com a chegada da maternidade?
Eu era Adriane adolescente, agora sou Adriane mãe! Antes fazia as coisas sem ter que pensar em ninguém, hoje tem alguém que depende de minhas decisões... Um pouco mais madura...

Um momento inesquecível com seu filhote: 
Primeira vez que ele mamou, foi no mesmo dia que nasceu, foi incrível amamentar meu filho!

Do que você teve que abrir mão, com a chegada da maternidade, e como encarou isso? Abri mão da minha vida! Faculdade, trabalho, saídas, festas... Encarei numa boa, não pensei duas vezes! Pois a curtição é legal, mas nada se compara em ficar uma noite inteirinha vendo meu anjinho dormir tranquilo! 

O maior susto, na sua vida de mãe: Quando ele escorregou do meu braço no banho, e quase se afogou! Chorei muito, mas ele nem percebeu! Até minha mãe veio me acalmar, pois eu que me assustei!

Você trabalha? Qual a sua profissão? Infelizmente não tenho profissão ainda, e tinha voltado a trabalhar, mas não deu certo! 

Quando você se cuida e curte o(a) parceiro(a)? Me cuido quando ele dorme, ou se não levo ele comigo no bebê conforto! Em questão do parceiro, como sabem, nossa historia é complicada, nos vemos no máximo umas 2 vezes por mês, afinal é difícil manter um namoro de Colégio! 

Já fez alguma viagem com o(s) pequeno(s)? Pra onde? Como foi? Ainda não, mas pretendo levar ele para praia!

Tem bichos em casa? Qual o contato da(s) criança(s) com ele(s)? Sim, peixes e 3 gatos! Minha gata ama o Davi, fica se esfregando nele e ele gosta! Meu gato fica se mostrando pra ele!

Quem é responsável pelos cuidados diários? Eu! Minha família ajuda quando estou muito cansada!

Quais os programas preferidos de mamãe com a(s) cria(s)? Tudo! Ele torna até uma ida ao mercado divertida! 

Seu(s) filho(s) já frenquenta(m) escolinha? Qual a sua participação nessa rotina? Ele freqüentou durante 3 meses, foi bom, ótima adaptação! Eu levava ele e minha mãe e irmã buscava, mas ai parei de trabalhar e ai tirei ele! 

Não sou uma mãe perfeita porque... Sou humana! Estou aqui para aprender!

E por fim, o que é ser mãe pra você, além de "Padecer no Paraíso"? Qual o segredo para ser uma boa mãe? Ser mãe é ter a melhor fase da vida. É conhecer o amor de Deus, ver que a vida tem sentido! Não há segredo para ser uma boa mãe, apenas você sempre dar o melhor de si! 

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Identidade: Mãe Claudia Dias Fanti


Não sou uma mãe perfeita porque tenho muito que aprender, e estou aprendendo com ela, todos os dias, devagarinho e do nosso jeito.

Olá Meninas, acho que nunca me apresentei através da comunidade, e sei que sou um pouco ausente, mas leio tudo, e curto muito participar desse mundo só nosso ...
Então, lá vai ...
Meu nome é Claudia Dias Fanti, tenho 37 anos, sou casada há 8 anos, e me tornei mãe há exatamente 1 ano, através de um processo de Adoção.
Eu e a minha pequena Cris estamos nos apaixonando a cada dia mais e construindo uma linda história!
Quanto a mim?  Tive uma infância feliz, com pais presentes e extremamente carinhosos. Uma mãe que é até hoje o meu porto seguro! E pude viver numa época sem tanta violência e com total liberdade para brincar na rua! Acho uma pena as crianças de hoje não viverem isso ...
Aos 12 anos tive que amadurecer bem rápido, da noite para o dia literalmente, devido à perda repentina do meu irmão, aos 18 anos, num acidente de carro. Então, depois daquele dia triste, e com certeza, o mais triste de toda minha vida, tive que ser forte e aprender a conviver diariamente com esse sentimento dentro da minha casa, vendo meus pais tentando ser fortes por mim, e eu de alguma forma, buscando preencher aquele enorme vazio...
Foi muito duro mesmo! Mas, como costumo dizer, o tempo supera tudo!
Os anos foram passando e eu sempre querendo viver além do que a vida me permitia, então comecei a trabalhar cedo, e tive que deixar o sonho da faculdade para depois, pois como filha de vendedor de automóveis, tive que batalhar para pagar meus próprios estudos. E foi assim. Comecei a trabalhar no ramo imobiliário, e com muita dedicação fui conseguindo promoções, e também incentivo, para me graduar. Foi então que comecei a cursar Direito, anos mais tarde.
Mas, como tenho plena certeza de que nada nessa vida é por acaso, iniciei o curso no mesmo ano que conheceria minha sogra, e não antes disso. Isso mesmo, sou tão ansiosa que conheci a sogra primeiro, e ela me apresentou aquele cara, mais novo do que eu, e que seria meu marido um dia ...
Namoramos 2 anos, ficamos noivos, compramos apartamento, e 3 anos depois, casamos. Nunca sonhei em casar de noiva e na Igreja, mas casaria em Vegas, fácil! Rs ... Na verdade, nem me preocupava em casar no papel ... Mas, como sou de uma família das antigas, e ele fez muita questão, casamos no civil. Até porque, era o que dava!
Em plena lua de mel, eu disse a ele: Quero ser mãe! Desde sempre sonhei em montar a minha família ... Queria 3 filhos, sendo  2 meninos e 1 menina. Porém, como nada é do nosso jeito e no nosso tempo, tudo foi bem diferente.
À partir daquele dia, começamos a tentar ...
Tentamos por um ano, e, todos os meses, quando à monstra chegava, junto com ela vinha à decepção.
Foi então que resolvi procurar um médico e começar a investigar.
Logo de cara, descobri que tinha um problema hormonal e já comecei a fazer reposição. Com isso fui engordando muito, e adquirindo todos os males Hormonais, durantes anos e anos.
O tempo foi passando e eu, cada dia mais sem coragem para continuar buscando aquilo que eu tanto sonhava: a maternidade!
Um belo dia,  resolvi parar de lamentar, sentar com o marido, e colocar em prática o meu outro sonho: a adoção!  Sim, sempre tive uma certeza absoluta na vida, que vim a esse mundo para adotar! Nunca sequer comprei um animalzinho, adotei todos! Tenho isso bem forte dentro de mim e acredito que não foi à toa que a vida seguiu esse caminho.
Foi uma conversa bem difícil, pois existiam vários pensamentos controversos, muitos medos, inseguranças, inúmeros preconceitos, etc., mas uma única certeza, o desejo de ambos, em formar uma família, juntos! Sempre tive todo o apoio por parte dele e nenhuma cobrança contrária.
No dia seguinte daquela conversa difícil, meu marido conheceu, por acaso, o juiz da Vara da Infância, e entendeu que aquilo era um “chamado”. Então, animados, demos entrada no processo de adoção. Processo longo, difícil e desgastante.
Muitas situações novas, sentimentos diversos, e inúmeras provações. Entrevistas psicológicas, grupos de apoio e muitos, muitos anos de espera e angústia ....
Os anos foram passando, e um dia acordei decidida a começar tudo de novo. Pesquisei alguns médicos, e finalmente marquei a consulta, então dei inicio aquela batelada de exames, com investigações, seguidas de um tratamento longo, lento e também desgastante.
Então, todos os meses, com a esperança vinha novamente a decepção... Decepção essa que havia decidido deixar lá atrás, um ano após o casamento, quando nada aconteceu como eu esperava. Eu não iria desistir dessa vez, independente do custo e do tempo, pois tinha chegado o momento.
Após mais de um ano de tratamento clinico, sem sucesso, resolvemos então partir para a Inseminação Artificial.
Procurei um médico conceituado, e bem caro. Já na primeira consulta saí com duas descobertas: uma provável endometriose, que seria ainda confirmada e futuramente operada; e ainda uma possível e tão desejada gravidez, devidos aos sintomas da época!  Saí de lá cheia de esperanças, mais uma vez ...
Agora penso, acordei aquele dia tão feliz, não seria uma intuição, de que algo de maravilhoso estava por vir?! Sim! E estava!
E aquele dia não havia terminado ... Quando estava no balcão da clinica, pagando a consulta, meu marido encostou o celular no meu ouvido e disse: “Escuta isso!”.  E eu, tremendo, ouvi: “Sra. Claudia, aqui é da Vara da Infância, e gostaria de avisá-la que temos uma criança para apresentá-la”.
Quase desmaiei! A perna bambeou, gritei, chorei, dei risada ... Ninguém entendeu nada, mas o dia mais feliz da minha vida havia chegado!
Dali fomos direto ao fórum e ficamos cerca de 3 horas, conversando com a Psicóloga, conhecendo a historia da nossa filha ...
Filha que nasceu no dia do meu aniversário ...
Filha que minha mãe sonhou,no final de semana anterior, e que eu carregava pela mão ...
Filha que, ao olhar pela primeira vez sua foto, ainda no computador da psicóloga, tive a certeza de que, era a minha filha!  Tão esperada e desejada! Linda, com um olhar meigo ...
Sim, foi amor à primeira vista, de verdade !! Que, de uma maneira diferente do habitual, e de um entendimento que não tenho a permissão de saber, não nasceu de mim, mas que era para ser minha ...
No dia seguinte, fiz um BHCG, que resultou negativo, mas que naquele dia, nem teve tanta importância, pois horas depois, estávamos iniciando o estágio de convivência, e, 3 dias depois, levando-a para a NOSSA casa!
Entrou em casa sorrindo ... não chorou ... dormiu a primeira noite toda, no seu quarto! E Eu? Eu não dormi, mas ela dormiu ...Ela realmente foi para casa FELIZ!
Depois daquele dia, a minha vida nunca mais foi à mesma, foi infinitamente melhor!
Sou uma pessoa feliz e realizada, pois encontrei a minha filha!
E, daqui uns anos, começo tudo de novo!

Com que idade se tornou mãe? 36

Quantos filhos, e quais idades? Uma filha, 2 anos e 5 meses.

Como você era antes, e como ficou com a chegada da maternidade? Era uma mulher dedicada ao marido, pais, cachorros, que trabalhava muito, saía e viajava bastante, sem preocupações relevantes, e com todo o tempo para mim. Hoje estou sempre sorrindo, me tornei uma verdadeira dona de casa, melhor filha, sempre preocupada, mais dedicada à tudo e à todos, mais cuidadosa, bem mais generosa, sem tempo para mim, com cabelo curtinho, e  sempre correndo muito, mas, sem duvida, um ser humano muito melhor, completamente feliz e realizada!

Um momento inesquecível com seu filhote: Nosso primeiro encontro... Quando a vi chegando, meu coração parou de bater, faltou o ar, e saí completamente do chão!

Do que você teve que abrir mão, com a chegada da maternidade, e como encarou isso? Parei de trabalhar no dia em que fui buscá-la. Fiquei 11 meses em casa, todos os dias, todas as horas, fazendo tudo ... grudadinha mesmo, e não me arrependo de nada. Pelo contrário, agradeço todos os dias a Deus por essa oportunidade.Tive que voltar a trabalhar, ou meu escritório iria à falência, de verdade. Mas, uma vez por semana fico em casa com ela, faço questão! Amo!!

O maior susto, na sua vida de mãe: Ela engasgou comendo biscoito de polvilho. Ficou paralisada e começou a virar o olhinho. Eu estava do lado dela, levantei correndo, segurei-a de costas e comecei a apertá-la, e então ela cuspiu ... Quando ela voltou ao normal, eu precisei sentar, tomar água com açúcar e esperar vários minutos até parar de tremer.

Você trabalha? Qual a sua profissão? Sim. Administro meu escritório de Advocacia.

Quando você se cuida e curte o(a) parceiro(a)? Com a ajuda da minha mãe, consigo ir à manicure, uma vez na semana, e a curtição agora é só em família.

Já fez alguma viagem com o(s) pequeno(s)? Pra onde? Como foi? Sim. Para o Chile. O voo foi tenso, na ida, pois ela não parou um minuto. Mas lá foi bem tranquilo, e ela curtiu muito.

Tem bichos em casa? Qual o contato da(s) criança(s) com ele(s)? Sim. Tenho uma cachorrinha, que por sinal é minha filha (peluda) mais velha. O contato é total, elas se adoram. Uma defende a outra, brincam muito, é sensacional!
Quem é responsável pelos cuidados diários? Agora, quatro vezes na semana, por meio período, ela fica com a minha mãe. O restante do dia, eu mesma. Mas meu marido participa e muito, dentro do possível.
Quais os programas preferidos de mamãe com a(s) cria(s)? Todos os possíveis! Não consigo sair sem ela ... Como voltei a trabalhar, não abro mão de ficar pelo menos um dia da semana com ela, então procuro fazer algo gostoso como parque, play, shopping.

Seu(s) filho(s) já frenquenta(m) escolinha? Qual a sua participação nessa rotina?
Ainda não, irá no inicio do ano. Tenho certeza que ela irá amar, e eu sofrer, pelo menos no começo.

Não sou uma mãe perfeita porque...
Tenho muito que aprender, e estou aprendendo com ela, todos os dias, devagarinho e do nosso jeito ... Mas tem sido deliciosamente incrível!


E por fim, o que é ser mãe pra você, além de "Padecer no Paraíso"? Qual o segredo para ser uma boa mãe? Eu procuro passar a ela tudo aquilo que recebi e aprendi, mas mesmo assim ainda busco todos os dias o melhor. Acredito que a dedicação, o exemplo, a serenidade, os limites, os valores, mas principalmente o amor, muito amor sempre, seja o principio de tudo! Sem dúvida, para mim, é o verdadeiro significado de Amor Incondicional!